A proposta apresentada por um grupo de educadores e pedagogos de 300 escolas privadas de Joinville e Florianópolis para a retomada das aulas presenciais foi duramente criticada pelo Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (Sinepe). “Rodízio de aluno é ideia absurda”, afirma Marcelo Batista de Souza, presidente do Sinepe. O protocolo defendido pelo movimento das 300 escolas para a educação infantil, por exemplo, prevê rodízio e redução de alunos na sala de aula. As regras estabelecem que o aluno iria em dias alternados à escola, dependendo das características do estabelecimento e da sala de aula. O estudante iria, ao menos, uma vez por semana. Um decreto estadual suspende as atividades escolares presenciais até o dia 2 de agosto (domingo). A Secretaria Estadual da Educação discute internamente o assunto para finalizar uma proposta e encaminhar para a Secretaria Estadual da Saúde avaliar. No próximo dia 19 de junho, em uma reunião com várias entidades, o tema será amplamente discutido.
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TIRO NO PÉ
Confira a nota divulgada pelo Sinepe:
Há muita retórica vazia e exploração política de questões sérias, em especial no que dizem respeito às previsões dos efeitos da pandemia na área das escolas. “A educação é o principal serviço que o Estado deve oferecer à população, mas o governo se omite, sonega informações e deixa as famílias sem assistência”, comenta o professor Marcelo Batista de Sousa, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina.
A ideia, por exemplo, de retorno alternado dos alunos é péssima, diz. “Isso é um tiro no pé para o pai do aluno, que precisa de atendimento eficiente constante, e não um serviço vaga-lume, ou seja, um dia o filho vai à escola e outro não”. Sem fundamento científico, “rodízio de aluno” é ideia absurda, segundo avalia. “Queremos a volta às aulas nas escolas com absoluta segurança aos alunos e suas famílias, seguindo rigoroso protocolo, conforme sugerido pelo Sinepe/SC às autoridades, sem meia sola”.
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Acompanhe a entrevista com o presidente do Sinepe, Marcelo Batista de Sousa: