A vereadora Carla Ayres (PT) foi assediada pelo seu colega de parlamento Marquinhos da Silva (PSC) durante sessão da Câmara Municipal realizada nesta quarta-feira (7). Os dois tiveram uma discussão política normal e após a troca de ideias o parlamentar, que estava sentado, segurou a mão da parlamentar, se levantou, abraçou-a por trás e a beijou no pescoço. A petista, instintivamente, afastou o rosto e seguiu caminhando.
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— Simplesmente eu desci da tribuna. Estávamos numa discussão de projeto , ajustando alguns entendimentos. Quando eu desci ele fez uma gracinha me puxando pelo braço, do tipo “foi convencida vereadora, com ar de torcida como se “a base ganhou o debate”. Dai eu disse: Marquinhos, isso é uma discussão seria, não é torcida. E virei. Daí ele veio por trás e fez aquilo — afirmou Carla, em conversa com a coluna.
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O gesto de assédio ocorreu justamente no dia em que foi aprovada a criação da Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Florianópolis, com o objetivo de atuar no combate à violência e à discriminação contra as mulheres, acolhendo, fiscalizando e qualificando os debates de gênero.
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Vereadora beijada à força em Florianópolis leva o caso à polícia: “Enojada”
A Procuradoria terá como papel fundamental receber e encaminhar aos órgãos competentes as denúncias e anseios das população feminina no combate às violências de gênero, buscando maior eficácia no atendimento às mulheres, ou as pessoas vítimas de violência, ampliando o alcance das ações e dos trabalhos, de forma cooperada e em rede com órgãos públicos e instituições.
O vereador Marquinhos da Silva (PSC) admitiu o erro, em conversa com a coluna:
— Eu errei. O vereador precisa ter postura. Eu tenho carinho por todas as pessoas. Meu histórico é de uma relação cordial e de respeito e amizade com todos. Estou chateador e pedi desculpas e perdão para a vereadora. Eu nunca iria assediar ela. Sou amigo dela e continuarei amigo — afirmou.
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