Florianópolis é a capital das regiões Sul e Sudeste com a maior alta no preço médio dos condomínios. Na cidade, a cobrança mensal ficou 9,7% mais cara, saltando de R$5,80 por metro quadrado em janeiro para R$6,40 em agosto, na média. Em Curitiba, a alta foi menor, de 6,6%. Já em Porto Alegre o valor médio ficou praticamente estável, com queda de 0,03%. Os dados são de um  levantamento da startup imobiliária Loft, feito especialmente para a coluna. 

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Em Florianópolis, a alta foi puxada principalmente pelos imóveis com metragens entre 30m2 e 60m2. Nessa faixa, a taxa mensal ficou 15,7% mais cara desde o início do ano. Em seguida aparecem os imóveis entre 65m2 e 100m2, onde a alta foi de 9,2%. 

Fecha a lista os imóveis com metragens entre 100m2 e 125m2. Para esse grupo, a variação foi de 6,3% no período. A variação de preços nos bairros também ajudou a elevar o valor médio dos condomínios na cidade. 

Em oito regiões, a cobrança subiu mais de 10% desde janeiro. A maior alta foi observada em Cachoeira do Bom Jesus, onde o condomínio subiu 47% desde o início deste ano. No bairro, o preço da taxa por metro quadrado saltou de R$3,90 em janeiro para R$5,70 em agosto. Com o ajuste, o morador de um apartamento de 90 metros quadrados localizado no bairro precisou desembolsar cerca de R$515,00 para pagar o condomínio no último mês. 

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Nos Ingleses, no Norte;  e na Lagoa Pequena, no Sul da Ilha,  a alta foi menor, de 33,6% e 31,10%, respectivamente. 

O gerente de Dados da Loft, Fábio Takahashi, afirma que dois fatores ajudam a explicar o valor da taxa: a oferta de novos imóveis na cidade e a idade dos condomínios. “Diferentes fatores influenciam nesse cálculo, mas o conforto oferecido é um deles. Se há mais imóveis à venda com amenidades como área de lazer, piscina e academia, o valor do condomínio tende a subir, assim como o valor médio da taxa no bairro”, diz. “Na outra ponta, há condomínios que estão completando 10, 15 anos de lançamento, então é esperado que haja mais gastos com manutenção e reformas, o que também encarece o valor total que é rateado entre os moradores”. 

Bairros 

O levantamento mostrou ainda que são os moradores dos bairros Praia Brava, Centro e Itacorubi que pagam as maiores taxas de condomínio hoje na Capital. Nas quatro regiões, o valor médio do condomínio por metro quadrado ficou acima dos R$8,00. Na Praia Brava, a mediana da taxa por metro quadrado no último mês foi de R$10,20. Na prática, isso significa que o morador de um apartamento de 90 metros quadrados localizado no bairro pagou aproximadamente R$915,00 de condomínio. 

Já no Centro e no Itacorubi, o condomínio por metro quadrado em agosto foi de R$8,70 e R$8,10, respectivamente. Nessas regiões, a taxa condominial para um apartamento de 90 metros quadrados ficou próximo dos R$750,00. Completam o ranking dos 10 bairros com as maiores taxas por metro quadrado: Pantanal (R$8,00); Agronômica (R$7,80); João Paulo e Saco dos limões (R$7,70); Córrego Grande (R$7,50); Jurere Oeste (R$7,40); e Lagoa da Conceição (R$7,20). 

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