Governar é fazer escolhas. Carlos Moisés disse desde o primeiro dia em que assumiu o Centro Administrativo que a sua prioridade era infraestrutura. Logo após os deputados estaduais derrubarem,  na última terça-feira (1), o veto da então governadora Daniela Reinehr de utilização de recursos do orçamento catarinense em obras federais, a repercussão foi imediata.

Continua depois da publicidade

O consultor da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), engenheiro civil Ricardo Saporiti, questiona por qual razão os investimentos não são destinados para rodovias estaduais.

“Por que o Estado, com esses recursos, não prioriza a recuperação e restauração da SC-283, no trecho Mondaí/ São Carlos/ Chapecó/ Concórdia – uma das mais importantes rodovias  de Santa Catarina?”, questiona Saporiti.

A Associação dos Usuários de Rodovias de Santa Catarina tem a mesma posição. Pensa de igual forma que o deputado estadual João Amim (PP). O parlamentar cobra a existência de contrapartidas federais. Recentemente, citou o período em que seu pai, o senador Esperidião Amin (PP) governava o Estado, e foram colocados recursos catarinenses na obra da BR-282, mas houve abatimento da dívida catarinense com a União.

Deterioração do pavimento em vários segmentos- entre Chapecó/ Seara/ Concórdia, da SC-283. Registro do mês de maio/ 2021
Deterioração do pavimento em vários segmentos- entre Chapecó/ Seara/ Concórdia, da SC-283. Registro do mês de maio/ 2021 (Foto: Ricardo Saporiti/ Divulgação)

O secretário de Infraestrutura (SC) Thiago Vieira, informa que na próxima semana irão ocorrer as reuniões para deliberar como vai ocorrer a utilização dos R$ 350 milhões dos catarinenses em obras federais. Ele explica que o objetivo é destinar R$ 200 milhões para os lotes 1 e 2 da BR-470 e terminar essa importante obra no primeiro semestre de 2022. Outros R$ 100 milhões irão para  BR-163 e R$ 50 milhões na BR-280, ainda em 2021.

Continua depois da publicidade

Vieira afirma que o governo tem conseguido ampliar investimentos em recuperação de estradas estaduais,  sem recorrer a empréstimos e que as SCs não ficarão sem recursos.

Cabe, entretanto, como salvaguarda do interesse catarinense, garantir uma contrapartida do planalto. Algo que ainda não existe.

O presidente Bolsonaro vetou R$ 152 milhões no orçamento da União para Santa Catarina em 2021. Quem sabe esteja na derrubada dos vetos o caminho.

Leia Mais:

PMs de SC que recusam vacina são vítimas de desinformação e fake news

‘Quantos médicos vão morrer enquanto debate é sobre esquerda ou direita?’, questiona Simesc sobre CPI

Continua depois da publicidade

Corte no orçamento é ameaça ao status catarinense livre de aftosa sem vacinação

Erosão no Morro das Pedras: fotos impressionantes mostram destruição em praia de Florianópolis

Governo de SC corrige Fecam e explica onde auxílio emergencial poderá ser usado