A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) solicitou à Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) autorização para remoção e substituição de 71 exemplares da espécie arbórea Spathodea campanulata, também conhecida como Espatódea ou bisnagueira. As árvores estão localizadas no campus Trindade da UFSC e são parte de um grupo de 2.179 árvores exóticas identificadas no campus por um inventário da Coordenadoria de Gestão Ambiental (CGA). No total, incluindo as espécies exóticas, o inventário catalogou 5.333 árvores no campus.
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A medida ocorre após a coluna publicar sobre o pedido do deputado estadual Padre Pedro (PT) para que as espécies fossem retiradas do campus.
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A remoção das Espatódeas em todo território catarinense é determinada pela lei estadual 17.694/2019. A flor da bisnagueira contém substância tóxica que pode ser prejudicial para as abelhas e outros insetos. A lei, no entanto, não determina prazos para remoção dos indivíduos da espécie.
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Após a autorização da Floram, a Universidade deverá realizar uma licitação para contratar empresa especializada na remoção das árvores, pois muitos exemplares são de grande porte. A depender do órgão, a compensação ambiental pode determinar o replantio de uma ou mais mudas para cada exemplar retirado. Esse replantio precisa ser planejado antes do corte.
Neste momento, a UFSC trabalha na aprovação, pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que já prevê a revegetação com árvores nativas de diversas áreas do campus Trindade, bem como trabalha em um plano de substituição de 9 hectares de pinus da unidade da Barra da Lagoa (EMEB).
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