No momento em que se esperava que a maior entidade municipalista de Santa Catarina estivesse 100% focada no enfrentamento à pandemia, em dar suporte técnico às prefeituras e na retomada econômica, infelizmente as divisões internas na entidade dividem as atenções com o que deveria ser a prioridade.

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O caso envolve o diretor voluntário da Escola de Gestão (Egem), o ex-deputado Dionei Silva. Ele foi diretor executivo da Fecam até a chegada da ex-prefeita de São Cristóvão do Sul, Sisi Blind, que assumiu a função. Então, Dionei passou a ser coordenador-geral da entidade e depois foi demitido.

Após a demissão, ele foi nomeado diretor voluntário da Egem. Segundo a Fecam, não existe essa função na Egem e há risco de passivo trabalhista. Além disso, a entidade alega que Dionei tinha plenos poderes, houve falha de prestação de contas, falta de transparência e apresentou “denúncias infundadas” aos órgãos de controle do estado contra o presidente da Fecam, Clenilton Pereira (prefeito de Araquari).

A Fecam mudou o fechadura da sala da Egem no prédio da instituição, localizado no bairro Canto, no Estreito, em Florianópolis.

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O imóvel estava fechado por decisão da diretoria da entidade, baseada em parecer jurídico que apontou ilegalidade em ação da diretoria da escola, que nomeou e manteve um diretor sem a aprovação do Conselho Executivo e nem da Assembleia Geral de Prefeitos da Fecam.

A entidade afirma que teve uma de suas salas arrombada e invadida na manhã desta segunda-feira (31) em Florianópolis. Um chaveiro foi até o local para liberar o acesso, sem permissão da Fecam.

A diretora executiva, Sisi Blind, decidiu então, com anuência do presidente, que a Fecam deveria assumir o controle do acesso à sala, bem como a guarda do espaço e de seu patrimônio. Para surpresa da dirigente, o aviso colocado na porta informando o novo status, foi retirado. A porta da sala também foi arrombada, por volta das 9 horas dessa segunda-feira, e diversas pessoas entraram na sala.

A coluna conversou com Dionei Silva. ” A Egem, Escola de Gestão Pública Municipal, criada em 2007, é formada pelas 21 associações de municípios e pela Fecam. Ou seja, a Fecam é apenas uma das associadas. A sala onde funciona foi vendida pra Fecam. Ainda não paga totalmente e com a escritura ainda em nome da Egem, com um termo entre as duas entidades para uso da sala até 2022. Quando eu cheguei para trabalhar na segunda a diretora da Fecam colou um ato dela própria, comunicando que assumia a Egem. E trocaram a fechadura. Como diretor nomeado, vários cursos em andamento, todos os equipamentos e documentos lá dentro, chamei um advogado, três testemunhas e um chaveiro. Abri a nossa sala, fiz um boletim de ocorrência e fui trabalhar”, afirmou o ex-parlamentar. 

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