O pleno do Tribunal de Contas de Santa Catarina realiza nesta segunda-feira, (19), em sessão extraordinária telepresencial, a eleição da nova diretoria para o biênio 2023/2025.

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Tradicionalmente, a escolha do novo presidente ocorria no mês de dezembro, mas foi antecipada para ocorra um período de transição. A posse será em fevereiro.

A tendência é que o atual vice-presidente, conselheiro Herneus De Natal, seja eleito por aclamação. O conselheiro José Nei Ascari deverá ser o vice-presidente e o atual presidente, conselheiro Adircélio de Moraes Ferreira Júnior, assumirá a Corregedoria-Geral. Os conselheiros Luiz Roberto Herbst e César Filomeno Fontes seguem na Comissão de Ética.

Na prática, significa apenas uma troca de cargos, já que os nomes são exatamente os mesmos. O futuro presidente, Herneus De Nadal, tem dito que a proposta será de continuidade da gestão de quatro anos do presidente Adircélio. Nos bastidores, tem reiterado que será uma administração compartilhada com os demais membros, na mesma linha da atual, sendo cada vez mais assertiva, proativa e dialógica.

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Herneus, inclusive, tem defendido internamente o aprofundamento do conceito implantado por Adircélio de que o TCE/SC não foque apenas na questão meramente aritmética das das contas do governador e prefeitos, mas avance na sua função híbrida, definida pela Constituição, que é de fiscalização e também de orientação.

Aliás, é preciso que se reconheça que a continuidade deste modelo de gestão é benéfica. Durante sua gestão, Adircélio mexeu em verdadeiros vespeiros, como ampliar a carga horária dos servidores de 6h para 8h, enfrentando críticas internas de parcela dos servidores e do sindicontas. Cortou benefícios, como auxílio-garagem, consolidou o modelo de teletrabalho e implantou as relatorias temáticas (Pandemia, Educação e Meio Ambiente) entre outras. 

Também focou na inovação, com a criação do Laboratório de Inovação do Controle Externo (Lince) e a implantação do Laboratório de Análise de Obras Rodoviárias, além da implantação do atendimento e do balcão virtual, canais que permitem que os gestores não precisem mais se deslocar à capital para as reuniões com a área técnica.

Na prática, a eleição de Herneus representa a consolidação do projeto liderado por Adircélio, que adotou como mantra “ser o parceiro do bom gestor público”.

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Por fim, vale ressaltar que a gestão da comunicação, mais conectada com a imprensa e a sociedade, tem feito toda a diferença nesta nova imagem.

O TCE/SC, antes considerado o patinho feio das instituições, como disse Adircélio no seu discurso de posse em 2019, quer virar cisne. E o próximo presidente quer chegar lá. As mudanças implementadas são positivas e dão melhores resultados à sociedade.

É isso que se espera de uma instituição com servidores altamente qualificados e que não custa pouco para os catarinenses.

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