Santa Catarina possui características que podem se tornar ativos importantes para atrair a chinesa Shein. Na última sexta-feira (28), executivos da gigante varejista de moda estiveram em reuniões em Florianópolis com representantes do governo estadual e da Fiesc, como informou a colega Estela Benetti.
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A Shein anunciou R$ 750 milhões de investimentos no Brasil e pretende produzir 85% da sua produção no país para os mercados americanos em até três anos e, para isso, busca duas mil empresas parceiras. O negócio promete gerar até 100 mil empregos diretos e indiretos.
São Paulo foi o primeiro estado a iniciar as tratativas. A Coteminas, uma das maiores empresas têxteis do Brasil, com fábrica em Blumenau, já fechou uma parceria com a Shein. O acordo foi anunciado ao mercado na quinta-feira (20), como informou Pedro Machado.
Segundo o secretário de Planejamento (SC), Edgar Usuy, Santa Catarina tem como vantagem para atrair os chineses a nossa logística e infraestrutura portuária, o parque fabril têxtil consolidado e o desenvolvimento do setor de tecnologia e inovação. A Shein esteve no noticiário nos últimos dias após as manifestações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da necessidade de cobrar os tributos dessas operações para evitar a concorrência desleal.
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Após a polêmica, executivos da Shein e da Fazenda estiveram reunidos e foram divulgados os investimentos. A compra de produtos destas operações passarão a ser tributadas na emissão. A afirmação é do secretário de Política Econômica, Guilherme Mello. Segundo ele, não haverá tributos novos, apenas os que já são cobrados em compras em sites internacionais. Os detalhes operacionais estão sendo trabalhados pela Receita Federal.
O grande desafio é manter o preço com as adequações aos sistema tributário brasileiro e, depois, com produção local, com os encargos sobre a folha e demais tributos.