Não importa o resultado, mas Santa Catarina vira uma página lamentável de sua história política. O arquivamento do processo de impeachment e, consequentemente, o retorno de Carlos Moisés da Silva ao poder, precisam sinalizar, de vez, para o foco no enfrentamento à pandemia e na retomada econômica.
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Os dois afastamentos temporários de Moisés do Centro Administrativo se deram pela fragilidade política. O retorno ao posto em que foi colocado pelo voto dos catarinenses se deu pelo rearranjo político. Moisés abriu o governo, cedeu cargos e ganhou quatro votos que o salvaram. Aplicou a política real para sobreviver.
Não abriu mão, entretanto, da Fazenda e da Administração, por exemplo.
Se a sua sobrevivência no cargo significa abrir mão de concorrer à reeleição em 2022, o tempo vai dizer. Por ora, o que temos é a imagem do Estado que ficou bastante arranhada neste período. As mudanças de nomes de secretários, coordenadorias e gerências provocaram interrupção ou lentidão no andamento de projetos e até perda econômica. Santa Catarina sempre foi considerado um local atraente para investir pela logística de portos, capital humano, incentivos fiscais e renda média da população. Entretanto, o investidor precisa de previsibilidade e estabilidade para se arriscar.
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É possível mensurar quantos negócios deixaram de acontecer por aqui devido à insegurança provocada pela instabilidade política? Ainda não. Mas, certamente, esse período, além da crise provocada pela pandemia, não foi bom para atrair novos negócios. Que o foco seja a saúde da população e a retomada econômica, sem esquecerda lambança da compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões. Os responsáveis precisam ser penalizados e o dinheiro 100% recuperado.
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