Na política não existe espaço vazio. Ele é ocupado. O governo de Santa Catarina está no compasso de espera pelo programa nacional de vacinação do Ministério da Saúde. Carlos Moisés optou por não ser o protagonista pela busca da vacina para imunizar os catarinenses.
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De forma cartesiana, Moisés segue a regra histórica de que as campanhas de vacinação são conduzidas pelo Ministério da Saúde (MS) e cabe ao Estado preparar as equipes, as salas de vacinação e disponibilizar seringas. Problema é que o Ministério da Saúde vacila, não tem plano claro e um ministro que parece perdido no cargo. A lacuna deixada pelo MS e pelo governador catarinense foram ocupadas, respectivamente, pelo governador de São Paulo, João Doria, e pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam).
Evidente que Doria tem interesse eleitoral em 2022, mas impossível criticar alguém que está buscando a vacina – objeto do desejo de todo o mundo.
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A Fecam tomou a iniciativa. Ponto para a instituição e para o catarinense Vinícius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo, e articulador do acordo.
A conferir se terá efeito prático. Aguarda-se, ainda, a aprovação da Anvisa .Não há data para fornecimento do imunizante para Santa Catarina e tampouco qual a quantidade. A fila é grande. São 11 Estados que já formalizaram pedido no Butantã e mais de 900 cidades. Santa Catarina aguarda.
Uma lástima é que o Brasil, tendo reconhecimento internacional por suas campanhas de vacinação, não esteja liderando esse processo. O ministro Eduardo Pazuello demorou para reunir os governadores e as mensagens divulgadas pelo governo federal não são claras quanto a prazos e compra de vacinas.
Ao cidadão não importa se a vacina é cubana, chinesa, americana ou russa. Basta ter eficácia comprovada e a autorização da agência reguladora.
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