A prefeitura de São José acredita que sem a mudança na legislação federal não irá resolver os problemas decorrentes da criminalidade envolvendo as pessoas em situação de rua que são dependentes químicos. Moradores e comerciantes dos bairros Campinas e Kobrasol estão reclamando dos furtos recorrentes na região. Vânio Luiz Dalmarco, secretário de Segurança, Defesa Social e Trânsito do município, acredita que é preciso mudar a lei brasileira e permitir a internação compulsória dos que têm vício na droga e praticam crimes com frequência na região.

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Dalmarco, que é coronel da reserva da PM, acredita que se algo não for feito de diferente, não se encontrará uma solução.

“Nós estamos fazendo um trabalho desde o início do ano com foco nas invasões irregulares e nos moradores de rua. As invasões, nós resolvemos. Com moradores de rua é mais complexo. Há um trabalho de assistência social, nós damos passagem de retorno de ônibus e também internação. Todas as vagas (100) para internação estão lotadas, mas nem todos querem ir, porque nas unidades de tratamento e fazendas terapêuticas não se pode usar drogas. Aí, muitos não querem ir. Há, também, uma grande rotatividade. Nós temos também o Centro Pop com alimentação, banho, roupas e assistência social. Mas agora transbordou. A turma cai no furto de fio de cobre e como é um crime de baixo potencial ofensivo, um valor pequeno, ninguém fica preso”, diz Dalmarco.

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Ele explica que o valor furtado pode ser pequeno, mas o impacto no dia seguinte é enorme. “Há caso de um restaurante que ficou sem energia e ficou sem câmara frigorífica, não pode trabalhar no dia seguinte porque perdeu toda a comida. Há também furto de fios em escolas e postos de saúde”, reclama.

Nesta sexta-feira (29), haverá uma reunião com os prefeitos da Grande Florianópolis. O prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila, irá apresentar a ideia de se criar um movimento político, partindo de Santa Catarina, para que a bancada federal trabalhe por essa pauta.

Segundo a Polícia Militar, em São José, desde o início do ano foram registrados 281 roubos e 748 furtos. Em 2020, no mesmo período, foram 411 roubos e 866 furtos. Apesar da queda, a percepção da população ainda é de que o problema está longe de ser resolvido. 

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