A Casan vai retomar a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Rio Tavares, em Florianópolis. Com empresa licitada e contratada, em dez dias as máquinas e os operários já estarão no local.  A medida é mais um ingrediente na polêmica entre Casan e prefeitura de Florianópolis, que anunciou recentemente que está contratando estudos para uma “nova modelagem” para o Sul da Ilha, em parceria com o setor privado e sem a Casan. 

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 A construção estava paralisada desde 2013. Na época, houve bloqueio de desembolsos financeiros por parte do Ministério das Cidades devido a entraves no licenciamento ambiental por conta do impasse sobre a solução proposta pela companhia do emissário submarino. 

Imagens do projeto da ETE do Rio Tavares:

O valor total da obra é de R$ 100 milhões. O investimento é via financiamento da Caixa Econômica Federal, que já destinou em torno de R$ 40 milhões, a fundo perdido, aplicados nos 42 km de rede e na Estação de Tratamento do Rio Tavares/Campeche no período de 2008 a 2020, e mais R$ 60 milhões com recursos obtidos pela Casan junto a instituições financeiras internacionais.

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Para oferecer cobertura de esgotamento sanitário no Sul da ilha, a Casan desenvolveu um estudo nos últimos três anos para o lançamento do efluente final tratado da ETE Campeche/Rio Tavares, em nível terciário, nos canais de drenagem da avenida Beira Mar Sul (Saco dos Limões). 

Anteriormente, a destinação do efluente era no Rio Tavares. A nova ETE atenderá os bairros Campeche, Ribeirão da Ilha e Tapera. Pelo novo planejamento, que ainda aguarda a licença ambiental devida, dois emissários terrestres, um de esgoto bruto e outro de esgoto tratada, transportarão o esgoto em processo terciário (98% de pureza) para a Baía Sul, na região do canal 10 do Saco dos Limões. A extensão da rede é de 10 quilômetros.

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