Estamos no Outubro Rosa, uma iniciativa fantástica de conscientização quanto a necessidade de realização da mamografia. A questão da renda, entretanto, é marcante para determinar como as mulheres têm acesso à prevenção adequada, diagnóstico precoce e tratamento.
Continua depois da publicidade
Siga as notícias do NSC Total pelo Google Notícias
No Cepon, em Florianópolis, que presta um atendimento de excelência 100% SUS para pacientes da região metropolitana, 65% das pacientes chegam com suspeitas que foram detectadas no toque. Isso significa dizer que elas iniciam a investigação ou tratamento não no estágio ideal.
Já as mulheres que possuem condições de procurar clínicas particulares e com plano de saúde, os nódulos identificados são não palpáveis, portanto menores.
Uma das explicações está no fato de que o Ministério da Saúde recomenda a mamografia a partir dos 50 anos e a cada dois anos; já as entidades médicas, como Sociedades de Mastologia e Oncologia, anualmente, a partir dos 40 anos. Neste último caso, as mulheres com mais renda e acesso a planos de saúde e clínicas particulares conseguem fazer a prevenção com mais qualidade.
Continua depois da publicidade
Carlos Gustavo Crippa, coordenador do setor de mastologia do CEPON, salienta que “o que muda o cenário é o tempo que se deixa de fazer a mamografia e a falta de informação”.
É preciso aumentar a taxa de adesão à mamografia. No câncer, quanto mais cedo o diagnóstico precoce, maiores as chances de cura e menos invasivos e com efeitos colaterais são os tratamentos.
Para a Associação Brasileira de Portadores de Câncer (AMUCC-SC), o que prejudica é a diferença da recomendação de idade de se fazer o preventivo do Ministério da Saúde e o entendimento das entidades médicas. Além disso, a AMUCC aponta dificuldades de acesso aos exames complementares como ultrassom e biópsia, num ritmo razoável.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), Santa Catarina deve registrar 39.600 novos casos de câncer só em 2024, deste total, 3.860 são de mama. Em Florianópolis, a incidência é de 340 novos casos, só neste ano.
Continua depois da publicidade
O assunto foi discutido no programa Conversas Cruzadas da CBN Floripa, ouça
Leia Mais
Grande Florianópolis terá bairro com resort longe da praia
Catarinense defende lei contra apologia a sexo e drogas através de classificação de músicas