O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, não é sutil e manda recado direto quando, no seu entendimento, as coisas não vão bem e não atendem seus objetivos. Nesta quarta-feira (31) disse que o “governo terá que andar com suas próprias pernas” e não haverá “mais sacrifícios”, ao reclamar da falta de articulação política do Planalto.

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Mais cedo, já havia dito que “há uma insatisfação generalizada” da Câmara. A história já mostra o que pode ocorrer quando o clima é de “insatisfação generalizada”. Dilma Rousseff que o diga.
Sabendo disso, Lula 3, que parece ainda estar vivendo os tempos de Lula 1 e Lula 2, começa a perceber, tardiamente, que o mundo mudou e que “para sorrir é preciso fazer rir”.
Liberou o valor de R$ 1,7 bilhão , um recorde no governo Lula 3 e a maior quantia liberada em um único dia, além da nomeação dos 250 cargos de comissão ainda não ocupados nos ministérios.

A medida é a mesma adotada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2021, após o discurso do dia 7 de setembro com ataques ao STF e pedindo “eleições auditáveis”, o que já existe.
Na ocasião, Lira respondeu, em pronunciamento, em tom de recado: “basta à escalada de bravatas”. Os pedidos de impeachment contra Bolsonaro se acumulavam e o capitão entendeu o recado. Veio o orçamento secreto turbinado.

A aprovação pelos deputados da Medida Provisória que organiza a estrutura de ministérios do Governo nem pode ser comemorada. A tímida vitória tem gosto de derrota pelas mudanças profundas e a desidratação de bandeiras de campanha, principalmente no Ministério de Meio Ambiente, de Marina Silva.
E ainda tem a fatura do Senado, que é o próximo destino da MP.

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