É forte o jogo de bastidores no PT de Santa Catarina sobre a suposta vaga destinada ao estado e ao partido para ocupar a titularidade do futuro Ministério da Pesca, no governo Lula 3. De um lado, o ex-ministro Altemir Gregolin que comandou a pasta entre 2006 e janeiro de 2011, no governo do PT; e Décio Lima, amigo pessoal do presidente diplomado e muito prestigiado no partido por ter chegado ao segundo turno na eleição em um estado predominantemente bolsonarista.

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Gregolin está na equipe de transição de governo no grupo técnico da pesca. O Fórum Nacional da Aquicultura e Pesca (FNAP) que congrega 12 entidade do setor; e a Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) e o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) encaminharam ofício à presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pedindo a indicação do catarinense para a pasta. Entretanto, dentro do setor pesqueiro existem algumas divergências e não é possível afirmar que o apoio é total ou tampouco majoritário.

Os representantes da pesca artesanal vão levar ao núcleo agrário do governo de transição o nome de Décio Lima, muito prestigiado no partido após o resultado das urnas, mesmo perdendo em segundo turno para Jorginho Mello.

O diretório estadual do PT decidiu por Décio Lima para a vaga. Há uma expectativa de que este ministério seja destinado a um representante catarinense, até pela tradição de ocupação da pasta na gestão do PT. Ideli Salvatti, José Fritsch e Altemir Gregolin já foram ministros da pesca.
Segundo a coluna apurou, não há como garantir que as manifestações setoriais surtirão o efeito desejado, pois cogita-se que a pasta seja destinada a outro partido que fez parte da aliança que culminou na vitória de Lula. Provavelmente um nome do norte ou nordeste. O ambiente, ainda, é de incerteza.

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