O sistema educacional de graduação particular vive um clima de muita expectativa com a promessa do governador eleito, Jorginho Mello (PL), de bancar a gratuidade para 100% dos alunos do sistema Acafe. A medida custa R$ 2 bi e representa 5% da receita estadual com o ICMS.
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A preocupação nos bastidores é que o valor que seria oferecido por aluno é menor do que o custo necessário para bancar a operação. Faculdades privadas, mas sem a mesma história e infraestrutura da Acafe, já estão de olho nessa verba.
Em reunião com Reitores, Jorginho disse, segundo a coluna apurou, que o valor médio por aluno a ser pago é de R$ 300,00. Esse valor não seria suficiente para quem tem pesquisa, mestrado, doutorado e extensão.
O valor apresentado gerou mal-estar entre os Reitores.
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ACAFE
A Acafe mandou uma manufestação em nota para a coluna, confira:
“….Até o presente momento, não houve um encontro formal entre a ACAFE e o futuro governador,
Jorginho Mello, a fim de discutir detalhadamente o projeto de gratuidade aos estudantes das 14
instituições que formam o sistema.
As instituições ligadas à ACAFE são comunitárias e não tem fins lucrativos, o que significa dizer que
os recursos gerados por elas e a partir delas permanecem em cada região, tanto na forma de
investimentos quanto na retenção de talentos, sendo fundamentais ao desenvolvimento regional e
destacadamente responsáveis pela diversidade e prosperidade econômica que são marcas do
Estado de Santa Catarina.
De forma transparente e responsável, tais recursos são geridos em prol da sociedade e assim
devem permanecer.
A proposta de gratuidade aos estudantes matriculados em IES ACAFE, feita pelo governador eleito,
deverá respeitar os orçamentos e compromissos das instituições com atividades de ensino,
pesquisa e extensão e nenhum valor foi acordado, ainda, entre as partes, portanto a notícia
publicada por este colunista visa tão somente gerar uma expectativa negativa em relação ao
atendimento de tal proposta, bem como trazer ao debate outras instituições que oferecem ensino
superior, muitas vezes sem o status de ‘Universidade’ e que visam tão somente o lucro em suas
operações.
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Estamos certos que a proposta feita pelo governo Jorginho Mello encontrará lastro e beneficiará
os catarinenses trazendo mais oportunidades de acesso ao ensino superior de qualidade”.