São José (42,41%) e Florianópolis (30,56%) estão entre as cidades do país que tiveram os maiores aumentos no valor do aluguel em 2022. A alta dos preços do aluguel residencial registrado em 2022, de 16,55%, foi quase o triplo da inflação oficial do país em 2022. Mas as duas cidades catarinenses registraram índices bem superiores de majoração média nacional.

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Os preços do aluguel residencial no Brasil terminaram o ano passado registrando a maior alta em 11 anos, desde 2011. Os dados são do Índice FipeZAP+, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgados nesta terça-feira (17/1). Em 2011, os preços avançaram 17,3%.

O aumento dos preços foi quase o triplo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país (5,79%). A alta real dos aluguéis, descontada a inflação, foi de 10,76%.

Entre as capitais, os maiores avanços foram em Goiânia (32,93%), Florianópolis (30,56%), Curitiba (24,47%) e Fortaleza (21,33%).

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A cidade de São José, na Grande Florianópolis, aparece na liderança do ranking geral, com alta de 42,41% no ano.

O preço médio dos novos contratos de aluguel nas 25 cidades pesquisadas foi de R$ 36,65 o metro quadrado em dezembro.

A cidade mais cara da lista é Barueri (SP), que tem o aluguel saindo, em média, por R$ 50,56 o metro quadrado.

Veja o aumento de preços por cidade em 2022 (alta nominal, sem descontar a inflação):

São José (SC): 42,41%
Goiânia (GO): 32,93%
Florianópolis (SC): 30,56%
Curitiba (PR): 24,47%
Barueri (SP): 23,27%
Fortaleza (CE): 21,33%
São José dos Campos (SP): 20,90%
Belo Horizonte (MG): 20,01%
Campinas (SP): 19,68%
Niterói (RJ): 18,44%
Rio de Janeiro (RJ): 17,93%
Ribeirão Preto (SP): 17,83%
Recife (PE): 17,07%
Salvador (BA): 16,56%
São José do Rio Preto (SP): 16,27%
Praia Grande (SP): 16,12%
São Paulo (SP): 14,63%
Santo André (SP): 12,43%
Santos (SP): 12,00%
Guarulhos (SP): 11,16%
Porto Alegre (RS): 11,14%
Joinville (SC): 10,98%
Brasília (DF): 9,15%
São Bernardo do Campo (SP): 8,32%
Pelotas (RS): 2,37%

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Motivos

Fernando Willrich, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina (Creci), explica as razões dos aumentos de São José e Florianópolis. Ele diz que, com a pandemia, muitos contratos tiveram renegociação para baixo e agora há uma retomada nos valores pré-pandemia. Ele destaca, também, que os aluguéis acompanham a valorização dos imóveis da região. A dificuldade de construção impostas pela burocracia e Planos Diretores ultrapassados foram outras causas apresentadas.

Ouça a entrevista:

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