O orgulho de passar pela ponte Hercílio Luz faz lembrar outro momento histórico aos manezinhos, a primeira vez que Gustavo Kuerten ganhou o campeonato de Roland Garros, em 1997. Tenho absoluta convicção de que a vitória de Guga representou muito mais do que um marco esportivo. Ela elevou, à época, a autoestima do manezinho, o orgulho de ser manezinho e de morar em Florianópolis. Até no futebol. Quando Guga diz que torce para o Avaí, repete isso, e pede a convocação do então atacante do leão Jacaré para a seleção brasileira, isso tem muita simbologia.

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Aqui se torcia mais para clubes do Rio de Janeiro. Claro que os clubes melhoraram a gestão também, mas a conquista do catarinense despertou o orgulho do torcedor vestir mais a camiseta do Figueirense e do Avaí e menos de outros clubes do Brasil. Guga aumentou a autoestima do Florianopolitano.

Com a ponte Hercílio Luz, além do pertencimento, da sensação de estar em casa, dela ajudar na mobilidade urbana, trata-se, também, do orgulho de ter essa obra monumental não somente para olhar, mas para tocar e pisar nela. Ver que ela é, de fato, de verdade.

Transporte Coletivo

Os ônibus começarão a passar pela ponte Hercílio Luz a partir do dia 13 de janeiro. Devido ao sucesso absoluto de priorizar, neste primeiro momento, a travessia apenas para pedestres e ciclistas, continuando esse intenso movimento de peregrinação à ponte, não seria o caso de esticar um pouco mais esse prazo? Até porque as aulas serão retomadas somente em fevereiro.

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