Já está com a Polícia Civil de Sana Catarina (PC-SC) uma carta apócrifa encaminhada na última sexta-feira (28) ao Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O texto da carta prega o ódio contra gays, feministas, negros e “amarelos”.

Continua depois da publicidade

Receba notícias do DC via Telegram

O conteúdo criminoso não é manuscrito. A carta foi impressa e tem como assinatura a abreviação SS, que representa o exército nazista na Segunda Guerra Mundial.

O texto da carta que será investigada pela Polícia Civil é repugnante:

“Não adianta…nós iremos destruir todos vocês, gays, negros, mulheres feministas, gordas, amarelos.

Iremos limpar a universidade e fazer um mundo melhor para nossos filhos e netos.

Continua depois da publicidade

O campus está cheio de gente gorda, gente preta, fedida, gente feia.

Mulheres gordas nem pra ser estuprada serve, mulher preta nem para carregar filho serve, lugar de preto é trabalhando na roça, não em faculdade.

Mulher em casa cuidando e esperando o marido.

Bolsonaro vai ganhar novamente e vai ser o fim de vocês nas federais.

A gente está cada vez maior, a gente estar (sic) ao seu lado, na sua frente.

A polícia não nos intimida.

Ass: SS”

Veja imagem da carta que será investigada pela Polícia Civil:

Carta criminosa prega o ódio
Carta criminosa prega o ódio (Foto: Arquivo pessoal)

A mensagem em papel impresso foi encaminhada pela Reitoria para a Polícia Civil e faz parte do inquérito que investiga membros de uma célula nazista em Santa Catarina. 

Recentemente, quatro alunos da UFSC foram presos por relação com o grupo e podem ser expulsos da universidade.

O caso de apologia ao nazismo é o quarto em uma semana dentro dos ambientes da universidade.  

Além dos dois registros que ocorreram no Centro de Ciências da Saúde (CCS), frases contra judeus e mulheres, inclusive com incentivo ao crime de estupro, foram encontrados no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ). 

Continua depois da publicidade

Esses episódios foram registrados na última terça-feira (24).

Leia mais:

Gaeco afirma que não houve “saudação nazista” em protesto no Oeste catarinense

Detento do semiaberto tenta voltar à penitenciária, mas fica preso em bloqueio

“Já falta cimento”, diz comerciante sobre bloqueio nas estradas de SC

Bloqueio nas estradas em Santa Catarina tem prejuízo milionário

Jorginho Mello pode manter nome do colegiado de Moisés