Está marcada para outubro a 17ª Rodada do leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para dezenas de blocos de exploração no litoral catarinense. Ambientalistas apontam risco da atividade comprometer a atividade pesqueira e o turismo em Santa Catarina. O professor Daniel Bettú, do Departamento de Engenharia de Petróleo da Udesc, em Balneário Camboriú, diz que a demanda por petróleo ainda irá crescer nos próximos 20 anos e que há necessidade de ampliar a produção em 20%. “É saudável a migração do setor energético global para fontes renováveis, mas nas próximas décadas é inevitável que novas descobertas ocorram para que não haja escassez energética e de matéria prima para inúmeros produtos, incluindo matéria prima para os sistemas de geração renováveis”, explica.
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>Conheça as praias de SC que podem ser afetadas pela exploração de Petróleo
Fiesc
A coluna conversou também com o presidente da Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Fiesc, José Lourival Magri. Ele defende o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.
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“As obras relacionadas à exploração de Petróleo da Bacia de Pelotas devem passar por estudos de impacto ambiental, que vão determinar o menor impacto possível. Esses estudos vão considerar os locais de passagem dos cardumes das diversas espécies e orientar a melhor localização das estruturas. Da mesma forma, o turismo seria afetado sob a ótica da paisagem. No entanto, as plataformas poderão estar situadas mais distantes da costa, sem prejuízos das belezas naturais. O aspecto central é que é possível promover o desenvolvimento econômico preservando o meio ambiente e também outras atividades econômicas. É um equilíbrio que se busca cada vez mais. A tecnologia e a inovação avançam, permitindo que cada vez mais as atividades econômicas tragam os benefícios que lhe são inerentes com menor impacto à sociedade e ao meio ambiente”.
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