Após ficarem 10 meses em casa, crianças e adolescentes estão vulneráveis justo no momento de volta às aulas presenciais e é preciso tomar alguns cuidados. O alerta é do médico pediatra Cecim El Achkar. Ele explica que as crianças, neste período, não saíram para ir ao posto de saúde, conferir o calendário de vacinação e muitas estão fragilizadas por ficarem muito tempo no lar.
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“As crianças precisam ir ao posto de saúde e ver a caderneta de vacinas, principalmente o sarampo. O sarampo voltou e hoje o Brasil é um dos países do mundo com maior número de casos. Fizemos uma pesquisa no Hospital Universitário (UFSC) com 460 profissionais de saúde e a proteção é semelhante à vacina da covid. As crianças terão uma proteção maior”, explica o médico.
O especialista lembra, ainda, que as crianças precisam passar pelo pediatra. Segundo ele, muitas estão com sobrepeso, ansiedade, depressão e bastante excitadas. “ É preciso fazer o perfil bioquímico das crianças: ver anemia, vitamina D, que funciona como um hormônio. Fizemos um levantamento e 80% das crianças e adultos estão com vitamina C baixa. Precisa ver tudo isso, vitamina B12 e zinco também antes de voltar para a escola”, diz.
Tio Cecim, como é conhecido, explica que o maior cuidado pessoal deve ser na higiene das mãos, principalmente lavando-as com água e sabão.
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Sobre o uso das máscaras, aponta que crianças de até cinco anos, 11 meses e 29 dias não são obrigadas a usá-las. Na opinião do médico, escolas sem janelas não deveriam funcionar.
Por fim, Cecim aponta a necessidade da volta às aulas . “A partir de junho (2020) passou do ponto. Tanto na saúde física quanto na mental cognitiva começou a se perder e o retorno se tornou algo imprescindível. Enquanto Europa e Estados Unidos voltaram em maio do ano passado e nós estamos voltando somente agora”.
Ouça a entrevista: