O pai da governadora Daniela Reinehr (sem partido), Altair Reinehr, foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) no município de Maravilha por 21 anos e três meses. O caso chama a atenção devido ao fato de a governadora de Santa Catarina ter sido eleita na onda Bolsonaro, e que representa um antagonismo ao PT. E mais do que isso: ao contrário do governador afastado Carlos Moisés da Silva (PSL), que se distanciou do presidente da República, Daniela se mantém ideologicamente ligada ao núcleo raiz do bolsonarismo.

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O Cadastro Nacional de Filiado (CNF) de Altair Reinehr é número 1021904. O ato de filiação ocorreu no dia 9 de maio de 1988. A desfiliação deu-se no dia 26 de agosto de 2019. O presidente Jair Bolsonaro e Daniela Reinehr já haviam tomado posse há oito meses quando o pai da atual governadora saiu do PT.

Polêmica 

Quando assumiu, na última terça-feira (27), como governadora no lugar do afastado Carlos Moisés, Daniela foi questionada se concordava com as ideias nazistas de seu pai, negacionista da história do holocausto que matou seis milhões de judeus. Ela vacilou e não respondeu.

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Questionada uma segunda vez sobre o tema pelos colegas Ânderson Silva e Upiara Boschi, Daniela Reinehr também não foi categórica sobre o nazismo. Depois de 48 horas do caso ganhar repercussão nacional, sua assessoria publicou uma nota oficial em que ela se posiciona contrária ao nazismo

Neste sábado (31), a governadora publicou artigo no Jornal Folha de S.Paulo em que afirma que não compactua com o nazismo, mas ama o pai. O PT informou que durante o período em que Altair Reinehr foi filiado, ele jamais demonstrou sua ideologia de admirador do nazismo. 

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Mãe petista 

A mãe da governadora também já levantou a bandeira do PT. Orfila Reinehr foi candidata à vice-prefeita de Maravilha em 1996, na chapa liderada por Antonio Valmor de Campos. A dupla foi a terceira colocada na eleição com apenas 243 votos. O eleito, à época, foi Adelio Majolo (PFL), com 5613 votos.

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