A Controladoria-Geral do Estado (CGE) evitou o pagamento indevido de mais de R$ 32 milhões na folha de pagamento em 2020. O valor, que representa 0,23% da folha anual da administração direta do Poder Executivo (R$12,5 bilhões) é suficiente para pagar pelo menos 20 mil diárias de UTI para Covid-19. A quantia economizada é fruto do trabalho de auditoria da CGE.

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Grande parte desta economia vem do cruzamento mensal dos dados do Sistema de Controle de Óbitos (SISOBI/Dataprev) com os dados da prévia da folha (ativos, inativos, reservas e pensionistas), retirando os beneficiários que morreram.

Se levar em consideração o montante que seria desembolsado pelo erário ao longo de 12 meses caso ocorressem os pagamentos indevidos, chega-se a uma economia potencial de R$ 29 milhões. Além disso, com base neste cruzamento foi identificada a necessidade de ressarcimento aos cofres públicos de R$ 974 mil. São os familiares que receberam de forma indevida.

Segundo Rodrigo Dutra, Auditor-Geral do Estado, a razão nem sempre está na má índole. Às vezes, o cruzamento é feito e a pessoa morre um dia depois, por exemplo, e não dá tempo de tirar o valor da folha. Nesse caso, ele diz que muitas vezes o dinheiro fica no banco porque quando a instituição financeira recebe a informação do óbito, ela também não permite que outro parente faça uso.

É comum, entretanto, familiares demorarem para comunicar ao Estado a morte do beneficiário.

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A CGE conseguiu prevenir, também, em todo o ano de 2020, pagamentos indevidos no montante de R$ 2,11 milhões e identificados créditos a ressarcir no valor de R$ 600 mil com outras fontes de pagamento do Estado.

O resultado obtido pela Controladoria-Geral do Estado reforça a importância do trabalho do controle interno na administração pública.

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