A campanha da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde de SC (FEHOESC) é fundamental para que sirva de alerta ao Estado e municípios que têm o objetivo de zerar a fila de espera por cirurgias eletivas em Santa Catarina. A entidade iniciou um trabalho de conscientização para reduzir os impactantes 30% de pacientes que não comparecem no dia da cirurgia marcada.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp
O fato provoca um efeito cascata adverso: profissionais de saúde se mobilizam e ficam sem conseguir trabalhar, o hospital reserva o horário de centro cirúrgico que acaba ficando ocioso e a fila demora mais para andar.
Importante destacar que nos 30% de faltosos não são apenas aqueles que não comparecem no dia. No cálculo, entram também aqueles que não foram encontrados, que estão com dois nomes na lista e os exames pré-operatórios estão vencidos.
Nos bastidores, a coluna ouviu de dirigentes hospitalares que falta, mesmo, é comunicação e gestão integrada entre Estado e prefeituras. A Secretaria de Saúde (SES) repassa a lista da fila aos municípios e estes à rede prestadora do serviço.
Continua depois da publicidade
O sistema de gestão é falho, ultrapassado e desintegrado, segundo relatos de gestores hospitalares;
Santa Catarina virou o ano com 105 mil pessoas na fila de espera por cirurgias eletivas, a fila reduziu em 42% até meados de junho e restam cerca de 60 mil pessoas na lista.
A Secretaria da Saúde (SC) se manifestou em nota:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e secretarias municipais de Saúde realizam a busca ativa desses pacientes. Atualmente, a lei determina que é necessário três recusas para a retirada da fila, independente do tipo de justificativa apresentada. Esse sistema gera um desgaste e mais custos para o hospital que acaba não realizando o número de procedimentos agendados quando um paciente falta, por exemplo.
Outra iniciativa que foi finalizada em junho, pela Superintendência de Serviços Especializados e Regulação (SUR/SES), é o treinamento de servidores para a gestão do Sistema Nacional de Regulação (SISREG) . A capacitação visa dar mais agilidade aos hospitais no processo de regulação dos pacientes.
“Estamos trabalhando para reduzir o sofrimento das pessoas, algumas estavam aguardando o seu procedimento desde 2017. Estamos priorizando os pacientes com câncer, que é uma cirurgia tempo sensível e ampliando as habilitações nos hospitais, principalmente para as cirurgias ortopédicas que são a maior demanda. Avançamos, mas precisamos avançar ainda mais, e isso somente é possível se trabalharmos juntos, Secretaria, hospitais e municípios”, destaca a secretária de Estado da Saúde Carmen Zanotto.
Continua depois da publicidade
Leia Mais:
Florianópolis tem menos de 25% de seu território disponível para construir