Sueli Fritsche, 50 anos, foi diagnosticada com câncer de mama em julho de 2019. No dia 13 de novembro do ano passado conseguiu fazer a cirurgia no Hospital Universitário (HU). Após a recuperação, no dia cinco de dezembro foi ao Centro de Saúde Novo Continente, no bairro de Capoeiras, em Florianópolis, para iniciar o tratamento. Foi ali que começou a angústia. Ela aguarda há mais de cinco meses para começar o tratamento de quimioterapia e radioterapia.
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Na unidade de saúde municipal ela foi encaminhada para uma consulta com o oncologista clínico no Cepon. Era a de número 22 na fila, com previsão de inacreditáveis 1980 dias até ser atendida. Sueli procurou, então, a Defensoria Pública, que ingressou com ação na justiça, que ainda não se manifestou.
A coluna fez contato tanto com o Cepon e a Prefeitura de Florianópolis. O Cepon informou que houve um encaminhamento errado por parte da unidade de saúde da prefeitura e conseguiu marcar a consulta para a próxima sexta-feira (8).
A prefeitura divulgou a seguinte nota:
A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde informa que a paciente Sueli Fritsche, foi encaminhada por um dos mastologistas da Secretaria no dia 2 de dezembro e desde o dia 5/12 sua solicitação foi submetida para avaliação na Central Estadual de Regulação que classificou o caso com urgente, "amarela". A solicitação aguarda vaga para agendamento. Todos os agendamento para atendimentos no Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON) são de responsabilidade da secretaria de estado de saúde. Neste momento a previsão, segundo o sistema estadual que a Prefeitura tem acesso, é de que Sueli seja a próxima paciente na fila para o atendimento.
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O diagnóstico tardio e a demora para início do tratamento são um dos grandes problemas para o sistema público e para a saúde dos pacientes. Quanto maior for a espera, mais caro é o tratamento, maior o tempo de internação e menores as chances de cura.