O cumprimento de mandado de busca e apreensão autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na Casa d’Agronômica na manhã desta quarta-feira (30) é um desastre político para o governador Carlos Moisés da Silva.

Continua depois da publicidade

Tentando escapar de dois processos de impeachment na Assembleia Legislativa (Alesc), Moisés não tem força política para reverter o votos necessários no Tribunal de Julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou o rito da Alesc e a tentativa de ganhar a opinião pública sofre revés forte com a ação desta manhã na residência oficial do governador.

O que já estava ruim na parte política e jurídica, piorou, também, na esfera policial e da opinião pública.

Na última semana surgiu um abaixo assinado “Contra o Golpe à democracia Catarinense” e houve duas carreatas em defesa de Moisés. Ambos movimentos não trouxeram grandes resultados para mobilizar a população em defesa do governo.

As imagens da ação da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal na Casa d’Agronômica são fortes e a percepção das pessoas é a pior possível. Mesmo sem indiciamento ou denúncia formados, a impressão que fica é de um governador acuado e que limita, cada vez mais, a chance de permanecer no cargo.

Continua depois da publicidade

O Estado enfrenta uma pandemia na saúde, os catarinenses focam na retomada do emprego e da atividade econômica e na melhoria de suas condições de vida pré-crise e, vem por aí, eleições, julgamento de impeachment e temporada de verão. Tudo isso em meio a um cenário provável de troca de governo.