O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) vai mudar procedimentos internos para evitar vazamentos de operações. A Operação Chabu foi desencadeada a partir da suspeita de vazamento de operações da Polícia Federal (PF) e do próprio Gaeco.

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Segundo o relatório final da PF, que culminou com o indiciamento de 17 pessoas, foram sete operações e inquéritos policiais em Santa Catarina que vazaram. O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de SC e coordenador-geral do Gaeco no Estado, Fábio de Souza Trajano, em entrevista ao programa Estúdio CBN Diário desta segunda-feira (9), disse que estão sendo "aperfeiçoados processos internos" para evitar novos vazamentos. Ele não quis adiantar quais as mudanças para não atrapalhar as investigações em andamento.

— Onde existe o ser humano existe possibilidade de corrupção. Lamentamos o que aconteceu e ficamos agradecidos que isso tenha vindo à tona com essa operação. Quanto tempo nós levaríamos para chegar a essa conclusão? Estamos aperfeiçoando nossos processos internos. Foi um caso isolado — afirma o procurador.

Trajano não citou o nome, mas a referência é sobre o agente da PRF Marcelo Roberto Paiva Winter – indiciado por corrupção passiva, organização criminosa, violação de sigilo funcional e embaraçar investigação. Ele pertencia ao Gaeco.

— Isso mostra como a corrupção está incrustada em todos os órgãos do Estado, inclusive estava no âmbito de uma corporação como a nossa. Ele era acima de qualquer suspeita. Ele era professor dos delegados, uma referência nacional em termos de informação. Foi uma grande decepção para nós — finaliza o coordenador do Gaeco.

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A defesa do agente da PRF preferiu não se manifestar.

Confira a entrevista com o Coordenador-Geral do GAECO/SC, Procurador de Justiça Fábio de Souza Trajano:

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