A divergência entre o governador Carlos Moisés da Silva com a vice Daniela Reinehr não é mais apenas ideológica. O rompimento, agora, também ocorre na esfera administrativa.

Continua depois da publicidade

A reunião que Moisés convocou segunda-feira (20) com secretários estaduais não contou com a presença da vice-governadora. Ela não foi convidada. Seria natural que os dois conversassem após o período de 15 dias de férias do governador, até para que Moisés pudesse saber de quem o substituiu as novidades. Seria o processo natural.

Daniela representa o bolsonarismo raiz e já teve confronto de ideias com o governador no primeiro ano de governo, principalmente quando Moisés apresentou o projeto de taxação progressiva dos agrotóxicos e, também, na questão de ideologia de gênero nas escolas.

Daniela pretende resolver suas demandas administrativas "diretamente em Brasília". Sobre seu afastamento do governador Moisés, disse nesta terça-feira (21) na Rádio CBN Diário:

— É natural que ocorra esse distanciamento, até pelos nossos posicionamentos recentes — concluiu.

Continua depois da publicidade

A vice-governadora tem uma explicação sobre o motivo no qual o defensor público Ralf Zimmer Junior teria pedido o impeachment dela, do governador Moisés e do secretário da administração, Eduardo Tasca.

— Analisando o perfil de quem peticionou, me pareceu que foi muita coisa em causa própria — disse Reinehr.

No final de semana, ela esteve reunida com integrantes do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar.

A assessoria de imprensa do governo do Estado diz que a reunião de segunda-feira não foi de todo o colegiado, somente com alguns secretários e gestores.

Continua depois da publicidade

Confira a entrevista com a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr: