Não é de hoje que o administrador de empresas, especialista em gestão pública, orçamento e dados, Adriano Ribeiro, cobra uma melhor articulação política de Santa Catarina. Ele compara a articulação política eficiente dos legisladores baianos e o quanto eles conquistaram maior representatividade na comparação com os catarinenses.

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Ribeiro lembra que Bolsonaro obteve, em 2018, 27% dos votos e o candidato Fernando Haddad chegou aos 72%. Naquele mesmo ano, a Bahia, reelegia o candidato Rui Costa, 4° mandato consecutivo do PT neste estado, enquanto em terras barriga-verde, elegemos o desconhecido Comandante Moisés, na onda 17.

— No governo Bolsonaro, Santa Catarina não foi contemplada com nenhum ministério, somente em cargo em escalões inferiores, destacando o Serviço Florestal Brasileiro, com o ex-deputado Valdir Colatto, que será, a partir de 2023, Secretário de Estado da Agricultura. Já Bahia teve o ex-ministro João Romão, deputado federal no estratégico posto da Cidadania, este era outrora aliado do grupo de Antônio Carlos Magalhães Neto, que era opositor ao PT no Estado — compara Ribeiro.

Ele lembra, ainda, que em 2022, mais uma vez, Santa Catarina tem baixa representatividade na formação do governo, só que agora no do presidente eleito Lula. Somente a catarinense Ana Moser, natural de Blumenau, foi a única escolhida até o momento. Será ministra do Esporte. Além de vitoriosa nas quadras, tem histórico de atuação em políticas públicas, embora não muito mais ligada a Santa Catarina.

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— Agora, com a formação do novo governo do PT, a importante Casa Civil ficará com o governador baiano Rui Costa, liderando todas as ações estratégicas do governo federal.
A bancada de parlamentares (SC) votou majoritariamente de forma sequencial em tudo que o Presidente Bolsonaro pediu, mesmo nas matérias mais agudas, sem retorno na nossa angustiante pauta.
O que faremos agora?
Qual será a relevância dos 4,6% do PIB brasileiro junto aos graves problemas enfrentados desde infraestrutura e saúde de Santa Catarina?
Quais serão os encaminhamentos da nossa Bancada em Brasília? Adesão como fizeram com o atual Presidente, oposição por oposição ou adotar realpolitik?
Destaco a importância das entidades da sociedade civil, que são fortes e representativas, qual a postura a ser adotada?
Sartre afirmava, “não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você.”
Acredito que com este espírito, pragmático, resolutivo, visão aguçada e diálogo, sim podemos avançar com as nossas pautas, que são justas e merecedoras atenção, desde que apresentadas com estruturas e planejamento das ações — diz Adriano.

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