A coordenadora nacional da Pastoral do Povo de Rua em Santa Catarina, Ivone Maria Perassa, utiliza uma comparação forte que dá a dimensão do problema das pessoas em situação de rua no país: ”É mais fácil deixar uma pessoa na rua do que um cachorro”. Ela explica que o cenário mudou no país.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

— Antes pensava-se que a pessoa estava na rua apenas porque era usuário de drogas e tem um problema pessoal. Mas a rua é um local para resolução de muitos problemas, tais como de idosos abandonados, transtorno mental, dependentes químicos e pessoas em conflito familiar. Temos que tratar desse assunto a partir da inclusão. Nós não temos políticas de inclusão, temos serviços que amenizam a situação, mas falta integração com os municípios da Grande Florianópolis, por exemplo. Tudo o que fazemos é na base da emergência — explicou.

Ela participou do programa Conversas Cruzadas da CBN Floripa com Rodrigo Marques, presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do Centro de Florianópolis e integrante da força-tarefa DOA (Defesa, Apoio e Orientação). Rodrigo apontou que a população em situação de rua no Brasil em 2016 era de 101 mil pessoas e os dados de 2022 apontam para 281 mil, segundo o IPEA.

Ouça o programa:

Leia Mais:

Plano Diretor de Florianópolis: democracia não é atender interesse do grupo que grita mais

Continua depois da publicidade

O hino de SC é “imexível”, diz ex-diretora da FCC

A cidade turística de SC sem vaga em hotel