A decisão do cancelamento do show de fogos na Beira-Mar Norte, em Florianópolis, é um cálculo político do prefeito Gean Loureiro. Com a argumentação de que não há meios de se fazer o controle de acesso, aferindo quem está vacinado ou não, o prefeito aposta no discurso de “seguidor da ciência” como forma de construção de candidato ao governo do Estado.
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Verdade, também, que trata-se de uma operação de difícil monitoramento devido à enorme área a ser fiscalizada. Diferentemente dos eventos de natal no centro da cidade e na ponte Hercílio Luz, onde o controle ocorreu.
Mas não é só isso. Há uma espécie de cálculo sobre o impacto no turismo. Como as reservas já foram feitas e muitas já pagas, a presença do turista já está garantida, o que não deixa de ser um “excesso de sinceridade”, até porque imagina-se que o visitante que reservou e pagou caro por um quarto em hotel na Beira-Mar Norte ficará frustrado ao saber que não terá a queima de fogos. Mas ele já pagou e o problema é dele? Eu ficaria frustrado.
Sem os fogos, o que vai ocorrer? Alguém duvida?
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Mesmo sem a previsão inicial de se fazer o show pirotécnico sem palco e música, a opção foi pelo cancelamento.
Assim, teremos aglomerações em ambientes apertados e fechados, comerciais ou familiares. Praias lotadas e festas bombando. É o que vai ocorrer. Tudo em nome da ciência.
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