Apesar de ser fornecedor de peças e equipamentos para a indústria automotiva, Santa Catarina não terá um impacto muito significativo com o fechamento das fábricas da Ford no Brasil. A opinião é do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar. 

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— Fizemos um levantamento e vimos que Santa Catarina não é um grande fornecedor para a Ford. O impacto não é significativo — disse Aguiar.

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Entretanto, o executivo lamenta o fechamento da unidades da montadora no país. 

— Isso mostra, mais uma vez, que o Brasil é um país caro para produzir e, com isso, perde competitividade. É mais um sinal de que precisamos das reformas estruturantes. Precisamos fazer o dever de casa, como melhorar a nossa legislação tributária, melhorar a infraestrutura e simplificar. Nós não temos uma política industrial. Nem Ministério da Indústria e Comércio temos — lamenta.

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Segundo estimativas da Receita Federal, desde 1999 a Ford recebeu R$ 20 bilhões em incentivos fiscais e, mesmo assim, não foi suficiente para mantê-la em operação no Brasil.

— Incentivo fiscal é importante, mas não é só isso. Precisamos, de fato, criar um ambiente de negócios favorável, caso contrário, ninguém sobrevive. Ao longo dos anos o PIB da Indústria vem caindo e ela é fundamental para o país pois gera bons empregos e paga impostos — finaliza.

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