Florianópolis está pagando, ainda hoje, as consequências de uma lei, mesmo revogada, mas que traz ainda um impacto negativo na cidade. Não existe mais praia de nudismo em Florianópolis. Ao menos na Lei. A prática do naturismo na Galheta, no Leste da Ilha, foi permitida em 1997, mas revogada em 2016.

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Mas não adiantou. No imaginário coletivo o local ainda é para a prática de nudismo, uma ideia que nasceu com boas intenções em Florianópolis, por pessoas viajadas que conheceram praias no exterior, em especial, no primeiro mundo europeu.

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Aqui está a grande diferença. Nós somos terceiro mundo, não há respeito e a associação que militou pela criação da lei não é culpada. São pessoas respeitosas e que queriam fazer apenas o nudismo na Galheta com proteção legal.

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Definitivamente, não deu certo. Repito, não por culpa de quem teve a ideia e da Associação Amigos da Galheta (AGAL).

A situação hoje saiu do controle. Uso de drogas, assédio, brigas, desrespeito e um comportamento de quem não sabe respeitar a essência do naturismo.

O nudismo na Galheta atraiu oportunistas. Não faço aqui, evidente, juízo de valor sobre a prática de nudismo e, tampouco, julgamentos moralizantes. Não é esse o ponto.

Quando dois guarda-vidas são agredidos em menos de um ano, mãe e filha são desrespeitadas no local e acumulam-se casos de violência e desrespeito, é sinal de que a percepção de parte da sociedade é que a Galheta ainda é uma praia de nudismo e onde tudo pode, mas não é. Nem é mais de nudismo e, tampouco, tudo pode.

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É utopia cobrar fiscalização da PM ou Guarda Municipal. Sejamos honestos, já falta efetivo para cuidar do Centro da cidade. É impossível ter fiscalização sete dias por semana na Galheta.

É preciso respeitar a lei. E a legislação hoje é de que não existe praia de nudismo em Florianópolis. Foi a decisão democrática da Casa do Povo, a Câmara de Vereadores.

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