O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva terá a dura missão de enfrentar a resistência do agronegócio ao seu governo. O setor é majoritariamente bolsonarista. O deputado federal Neri Geller (PP-MT) é um dos representantes do Agro que tentam reduzir a resistência ao petista. Geller é coordenador do Grupo de Trabalho (GT) sobre Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) na equipe de Lula na transição.
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Neste domingo (27), o parlamentar, que é produtor rural, empresário e foi ministro da pasta no governo de Dilma Rousseff, esteve reunido com o deputado federal reeleito (PT-SC) Pedro Uczai, que coordena o GT sobre desenvolvimento agrário na transição.
O catarinense recebeu apoio de Geller para a criação de uma estrutura ministerial voltada às demandas da agricultura de base familiar, aquela que utiliza essencialmente a mão de obra da família na produção dentro da propriedade. Uczai é defensor da criação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, pois hoje o setor é abrigado na Secretaria da Agricultura Familiar e Cooperativismo dentro da estrutura do MAPA.
Outro catarinense na transição de Lula, o ex-ministro da pesca Altemir Gregolin também defende a criação de uma pasta específica para o setor. O número de ministérios é encarado por parcela considerável da população como algo perdulário e que serve para acomodação política e empregar correligionários e a base de apoio. Essa ideia pode ser revertida, entretanto, se os empregos e a atividade econômica da área específica tiverem um salto superior ao custeio da máquina.
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O presidente Jair Bolsonaro prometeu 15 ministérios e atualmente são 23 pastas. Foram 27 no governo de Michel Temer e 35 no de Dilma Rousseff. Agora, a equipe de transição do governo Lula tem 417 pessoas e 31 grupos temáticos. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin já disse que o número de pastas será muito próximo ao dos grupos criados.
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