Santa Catarina não irá atingir a quantidade ideal de leitos de UTI neonatal e pediátrica mesmo que coloque em funcionamento os 68 anunciados na última segunda-feira (30) pelo governador Carlos Moisés. A conclusão é de um levantamento realizado pela LifesHub, empresa de tecnologia em Saúde, sediada em Florianópolis, e que utilizou o cruzamento de dados entre o SUS, OMS e o Cadastro Nacional Estabelecimentos de Saúde (CNES).

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Segundo a companhia, são 244 leitos neonatais em Santa Catarina e caso os 68 forem criados, efetivamente, chegaremos a 312. Entretanto, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) afirma que a condição ideal é de 373 vagas no total. Faltariam, assim, 61 leitos.

Esse número foi estimado com base no parâmetro ideal estabelecido pela SBP, que recomenda a existência de quatro leitos para cada grupo de mil nascidos vivos.

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A média catarinense é de 2,62 leitos para cada mil nascidos vivos. O Estado é o único da região Sul do Brasil que apresenta disponibilidade abaixo do recomendado. No Paraná a média é de 4,52 leitos e, no Rio Grande do Sul, de 4,10 leitos para cada mil nascidos vivos.

A Secretaria da Saúde (SC) se manifestou em nota:

O Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), está empenhado em garantir o atendimento pleno aos pacientes pediátricos, diante do momento sazonal de aumento de casos de doenças respiratórias, dengue e também da Covid-19, que tem provocado grande demanda de leitos hospitalares infantis, causando uma sobrecarga no sistema de saúde.

Preocupada com o atual momento, a SES vem tomando medidas para ampliação de serviços e leitos e serviços custeados pelo Estado. Nos próximos 10 dias a previsão é da abertura de 8 leitos de cuidados intermediários pediátricos e 06 leitos de UTI neonatal. Ainda para 20 dias, devem ser abertos mais 12 leitos de UTI pediátrica. O total de leitos de UTI neonatal, pediátrica e adulto somam 77.

Nos últimos meses já foram ativados 05 leitos de cuidados intermediários neonatais no Hospital Regional de São José, além de 17 leitos de internação no Hospital Infantil Joana de Gusmão. Também foi retomado o serviço de emergência pediátrica no Hospital Florianópolis auxiliando no atendimento da região continental da capital.

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Recentemente, foi decretada situação de emergência por 90 dias, desde 1º de junho, permitindo mais segurança jurídica para os gestores do estado e dos municípios a fim de ampliar os serviços de saúde nos municípios e viabilizar a abertura dos novos leitos de UTI e leitos intermediários em todas as regiões de Santa Catarina. Essas medidas são necessárias para que agora, durante o período mais frio, possamos ofertar mais serviços e com mais qualidade para a saúde da população catarinense.

O atendimento prévio nas Unidades Básicas de Saúde também deve ser realizado, agilizando o diagnóstico para o início do tratamento e evitando o agravamento do quadro clínico.

A demanda de atendimento não é exclusiva em uma ou duas regiões, mas em nível nacional e a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC) trabalha todos os dias para atender o máximo de catarinenses, inclusive diminuindo a fila de cirurgias eletivas no Estado de Santa Catarina, que seguirão sendo feitas.

Diante disso, a SES/SC reforça e alerta a toda a população catarinense sobre a importância das medidas de prevenção e proteção contra doenças respiratórias, principalmente nas crianças, em especial contra a gripe (influenza) e a Covid-19. É importante que a população busque as medidas de proteção contra doenças respiratórias, sendo a vacinação uma das principais ferramentas de controle.

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