O projeto de uma nova rodovia estadual para desafogar o trânsito pesado da BR-101 entre Biguaçu e Joinville recebe resistência de duas entidades ligadas ao setor de transportes e mobilidade. A Associação dos Usuários de Rodovias (Auresc) se preocupa com o volume de desapropriações.

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Veja os três traçados da nova rodovia para desafogar a BR-101 em SC

— Mais pra dentro do continente em paralelo à BR-101 já tem muito imóvel ocupado. O volume de desapropriações a serem feitas é muito alto. Outro ponto é que temos histórico de estudos técnicos, que se gastam milhares de reais e acabam sendo descartados pelo governante de plantão — afirma o cético presidente da Auresc, Allison Micoski.

O secretário-executivo da Câmara de Logística e Transportes da Fiesc, Egídio Martorano, louvou a ideia de investir em uma estrada, mas disse que o dinheiro envolvido é muito alto e a prioridade está errada.

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— Desde 2014 nós já propomos estudar uma via paralela à BR-101. É válida a iniciativa do governo estadual, mas creio que deveria se pensar em resolver as prioridades de curto prazo, como o trecho entre Itajaí e Itapema. Além disso, os custos são muito altos. O governo já pagou R$ 600 mil para o estudo de viabilidade e vai pagar mais R$ 14 milhões no edital do projeto de engenharia. Não precisava gastar esse dinheiro, poderia ter feito uma Proposta de Manifestação de Interesse (PMI) e buscar uma concessão. Essa obra tem o perfil ideal para uma concessão — defendeu Martorano.

O secretário de Infraestrutura (SC), Thiago Vieira, explicou, no Conversas Cruzadas desta segunda-feira (6), que a contratação dos estudos é fundamental para atrair o investidor privado.

— Para atrair o setor privado nós precisamos de dados, informações básicas para o investidor, o quanto ele vai ter que investir e qual a taxa de retorno, por exemplo, para viabilizar uma PMI, se for o caso. Essa é uma obra de Estado e não de governo. Nós não estamos tirando recursos das rodovias estaduais para colocar aqui. A própria Fiesc disse em estudo técnico que são necessários R$ 120 milhões por ano para conservação das SCs, nós estamos investindo R$ 200 milhões — afirmou.

Ouça o Conversas Cruzadas:

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