O secretário de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, o Doutor Paraná, disse que não há como ter pediatra em todas as unidades da rede. Florianópolis conta com estes profissionais em duas Upas e nas policlínicas.
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A presidente da Associação Catarinense de Pediatria (ACP), Nilza Maria Medeiros Perin , entretanto, afirma que a situação já foi diferente e que a falta de atendimento pediátrico na atenção primária prejudica o sistema e sobrecarrega os hospitais.
— Nós vivemos um problema crônico, não é pontual. É a falta histórica de investimentos. Há 30 anos, o Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) possuía 200 leitos. Hoje a população cresceu e nós temos 140 leitos apenas. Além disso, no passado, a rede básica da prefeitura tinha pediatra e atualmente são poucos pediatras e, na ausência destes especialistas, os pacientes são atendidos por médicos de família ou enfermeiros. As pessoas chegam no hospital devido à falta de pediatras nos postos. Nós fizemos um levantamento de junho até agora na emergência do HIJG. São 5,5 mil atendimentos que não são de emergência e a metade vem de Florianópolis e região — afirmou a presidente da ACP.
A colega Dagmara Spautz, informou, no último domingo (17), que Florianópolis é lanterna em investimento em saúde entre capitais do Sul do Brasil.
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A prefeitura diz que o modelo adotado em Florianópolis é o que apresenta os melhores resultados.
— Nós temos 96% dos profissionais especialistas em atenção primária e que são formados para resolver 90% dos atendimentos. Não teria como colocar um pediatra em cada unidade de saúde — disse o secretário de Saúde da capital.
O assunto foi discutido no Conversas Cruzadas desta terça-feira (19).
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