O diretor em Portugal do Web Summit, Artur Pereira, disse neste sábado (1) que ficou “muito bem impressionado” com o que viu em Florianópolis. Ele está na capital a convite do Movimento Floripa Conecta. A ideia é trazer um braço do Web Summit para Florianópolis. O WS é o maior evento de inovação e tecnologia da Europa. Começou na Irlanda e desde 2016 está em Portugal. O governo Português paga 11 milhões de euros por evento. Segundo o ministério da economia português, o retorno é de 300 milhões de euros, fato que fez o país prorrogar e garantir a permanência do Web Summit em Lisboa até 2028. São mais de 70 mil participantes, 2150 Startups e 239 parceiros.
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– Eu vi muita qualidade em Florianópolis, saio impressionado. Fui muito bem recebido e vi uma articulação bastante interessante aqui. A questão financeira não será o fundamental, é relevante, mas não o mais importante. Em Lisboa a questão financeira não foi a mais importante. Recebemos propostas bem melhores, mas o ecossistema de lá e a infraestrutura contaram mais – explicou o diretor em Portugal do Web Summit, Artur Pereira.
Neste sábado ele foi recebido num almoço com lideranças empresariais e políticas. Essa integração entre público e privado é muito valorizada no exterior para atrair novos negócios. Do setor público participaram representantes da prefeitura de Florianópolis e do Governo do Estado.
– O nosso ecossistema é inigualável. Prefeitura, Estado e união trabalham integrados com a sociedade. As pessoas podem vir sem medo. O Web Summit é uma marca cara, mas Florianópolis também é. Vocês virão para a melhor cidade do Brasil – afirmou o prefeito Gean Loureiro.
– Nós queremos muito trazer esse evento para Florianópolis e temos condições para isso. Nossos indicadores são os melhores do Brasil, inclusive segurança- afirmou a presidente da Santur, Flávia Didomenico.
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O diretor de inovação da Fiesc, José Fiates, provocou o diretor em Portugal do Web Summit:
– Pergunte aos clientes de vocês no Brasil onde eles gostariam que fosse realizado o evento! -disse Fiates.
O presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Daniel Leipnitz, ressaltou que o setor vem se preparando há quatro anos reforçando o ecossistema para receber um evento desse porte. Concorrem com Florianópolis as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
A ideia inicial do grupo europeu era fazer na América Latina. Hoje, entretanto, Artur Pereira já garantiu que será no Brasil. O evento terá outra marca, não se chamará Web Summit, cuja marca é de uso exclusivo de Lisboa e será realizado em 2022.