Os dois jacarés-do-papo-amarelo que foram encontrados sem vida e decapitados no mangue do Itacorubi no último sábado morreram fruto de ação humana. “Foi uma molecagem”, afirmou Selvino Neckel de Oliveira, pesquisador do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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“O que aconteceu com os jacarés no Itacorubi não é uma coisa natural e normal. Dificilmente há casos em que o jacaré briga com outro a esse ponto de arrancar a cabeça ou cauda do outro. Pra mim é a ação humana que causou a morte desses animais. É comum, nas regiões ribeirinhas, na Amazônia, e em outros lugares, a caça de jacaré para comer, principalmente a cauda, que é onde tem a maior parte da carne. Nesse caso, do Itacorubi, acredito que tenha sido alguém que deve ter visto algo na internet ou ouviu falar que a carne é boa e matou o animal. Pra mim, isso é ação humana, mas como não vi como ficaram os animais, vamos aguardar o laudo da Polícia Ambiental. Isso nos preocupa muito, porque essa ação é bárbara com a nossa fauna e a nossa biodiversidade. Por isso, precisamos investigar e saber o que aconteceu exatamente”, disse Oliveira, pesquisador do Programa de Pesquisa em Biodiversidade de Santa Catarina (PPBio-SC). O professor já realizou pesquisa em regiões ribeirinhas da Amazônia.

A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) investiga vazamento de óleo na região. O Instituto de Meio Ambiente (IMA) deve divulgar um laudo da causa da morte dos animais até esta quarta-feira. A Polícia Civil (PC) também investiga o caso.

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