A sanção do presidente Lula ao Marco das Garantias, no começo desta semana, foi vista por especialistas como uma boa notícia para o mercado de crédito no Brasil. Com a nova legislação, os consumidores poderão tomar mais de um empréstimo usando como garantia um mesmo imóvel, desde que respeitado o limite do valor comercial.
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Em linhas gerais, alguém que possui um imóvel de R$ 1 milhão e havia feito um empréstimo de R$ 200 mil, usando o bem como garantia, agora poderá usar o saldo restante de R$ 800 mil para nova tomada de crédito. O assunto foi tema do programa Conversas Cruzadas, na CBN Floripa, nesta quinta-feira (02).
Segundo Aline Andrade, head da seção de Home Equity da Franq, uma fintech de Florianópolis, o Marco das Garantias ajudará a reduzir o “custo do dinheiro”. Isso significa juros mais baixos para o tomador de crédito e redução do spread bancário.
— Para o bom tomador de crédito, eu vejo o Marco das Garantias como muito positivo. Ele vai poder trabalhar com mais planejamento financeiro e certamente com juros menores, inclusive podendo trocar um empréstimo com taxas maiores por outro mais atrativo — diz Aline.
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Por outro lado, existe um temor de que a nova modalidade possa gerar um aumento da inadimplência. Segundo o planejador financeiro Maykon Henrique de Oliveira, a solução é um incremento das noções de educação financeira na população.
— Isso é algo que leva gerações para mudar, porém cada um deve dar a sua contribuição, incluindo o setor governamental. De maneira geral, eu vejo o Marco das Garantias com otimismo nesse sentido — diz Oliveira.
Ouça o programa:
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