A rede social faz mal à saúde. Espera-se que o ambiente tóxico polarizado, militante, cego e maniqueísta das redes não contamine, ainda mais, as ruas do país neste 7 de setembro. O que era para ser, para a imensa maioria dos brasileiros, apenas um feriado e para lembrar de um fato histórico para o país, o dia ganha ares, digamos assim, de expectativa.

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Enquanto o trabalhador brasileiro do mundo real teve renda média mensal de R$ 995,00 nos primeiros três meses de 2021, segundo o levantamento “Bem-Estar Trabalhista, Felicidade e Pandemia”, da Fundação Getulio Vargas (FGV) Social; os preços da energia e gasolina sobem, mais de 14 milhões estão desempregados e há uma crise hídrica – a ameaça de um agravamento na crise institucional pode corroer, ainda mais, a capacidade de compra do brasileiro em função de uma economia que espera estabilidade e previsibilidade.

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Além disso, esse clima desvia o foco para as reais necessidades do país: as reformas, enfrentamento à pandemia, retomada econômica e crise energética.

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O cenário atual não ajuda em nada. O presidente Bolsonaro alimenta ainda mais o tensionamento do país. 

Mesmo assim, quem quiser ir para as ruas têm a liberdade de fazê-lo. As manifestações são livres desde que democráticas. É tênue a linha que divide liberdade de expressão de ataque às instituições e à democracia. O professor de Direito Constitucional e membro da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB, Ruy Espíndola, explica que não se pode tolerar ameaças aos tribunais e que o STF tem, sim, atribuições para investigar.

É errado generalizar e apontar o dedo para quem for à rua de militante antidemocrático. Cabe aos órgãos de controle e republicanas separarem o joio do trigo. Esse é o grande desafio. Não basta não concordar com a opinião ou viés político e ideológico para carimbar de ato antidemocrático.

Enquanto o país desperdiça energia em algo que não deveria estar na ordem do dia, os reais problemas da nação ficam em segundo plano.

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Uma pena.

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