É lamentável a situação provocada pela greve na UFSC e suas consequências. Professores impedidos de dar aulas, barricadas e uma paralisação que “acabou” se acabar.
Continua depois da publicidade
Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total
Os servidores técnico-administrativos estão em greve desde 11 de março, os professores começaram a paralisação no dia sete de maio. No dia 14 de maio, em ato chamado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) Luís Travassos, os alunos decidiram entrar em greve.
Fotos da greve na UFSC
Na sexta-feira (24), a Associação dos Professores (Apufsc), finalizou uma sequência tensa de assembleia e votação e comunicou o encerramento da greve. Ato contínuo, O Comando de Greve diz que esse processo foi ilegítimo e antidemocrático.
Continua depois da publicidade
Além disso, na segunda-feira (27), em Brasília, o presidente da Apufsc assinou acordo com o Governo Federal aceitando a proposta para a categoria.
O Conselho Universitário (CUn), felizmente, reprovou a pauta de suspensão do calendário acadêmico.
Nesta segunda-feira (10), o presidente Lula anunciou R$ 5,5 bilhões em investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para universidades e hospitais universitários. É uma tentativa de conter a greve pelo país.
Enquanto isso, milhares de alunos seguem sem aulas. No Colégio de Aplicação, pais relatam o desespero de ver seus filhos sem aulas, com aprendizado comprometido e tendo “crises de choro”, como relata a Rafaela, mãe de aluna:
Vi sua reportagem sobre os pais, e venho por meio deste colocar o meu depoimento sobre a greve.
Minha filha estuda no 2° ano do ensino fundamental, e eu como mãe me preocupo muito com a educação dessas crianças, elas além de estarem sem contato com os amigos, estão sendo prejudicadas na fase mais importante de sua educação, que é a alfabetização. Minha filha não teve nem 2 meses de aula, nesses 5 meses letivo, e eu estou tentando dar atividades à ela e ensinando dentro do meu tempo, para que a educação e o ensino dela não seja atrasado.
Continua depois da publicidade
Preciso ministrar meu tempo com ela, pois como não temos mais ninguém na cidade, ela precisa ficar comigo, me acompanhando nas minhas aulas da faculdade, ou no serviço do pai dela. Faz 2 semanas ela começou a ter crises de choro, relatando que não aguenta mais não ir para a escola, que está com saudade dos amigos e da escola. São crianças pequenas que dependem de seus pais, que não tem como ficarem sozinhas e os pais precisam trabalhar, e a rotina dos pais é cansativa para uma criança acompanhar sempre. Eu entendo o movimento de greve, porém são tantos pontos que também precisam serem repensados, é a educação em si, é a saúde mental das crianças e todo o contexto.
Desde já agradeço o espaço para desabafo.
Att.,
Rafaela A. G.
Leia Mais
Hotel de luxo de Florianópolis é “fora da curva” e atrai morador local