A lei aprovada na Alesc e sancionada pelo governador Carlos Moisés da Silva não é importante para 2020 quando o ano letivo está praticamente encerrado. Mas é fundamental para garantir o início presencial em 2021. O texto aprovado com veto pelo poder executivo, entretanto, deixa a caneta com o Estado. O governo vai continuar dando a palavra final para fechar novamente, dependendo do agravamento da pandemia. O fato não repercutiu bem na Alesc.

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O ano letivo está praticamente encerrado. Na rede pública nada muda. Na rede privada, há chance de uma semana ou pouco mais com algum tipo de atividade presencial, mas há dúvida sobre o que de fato está valendo.

A escola do presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (Sinepe), Marcelo Batista de Sousa, por exemplo, irá abrir a partir da próxima segunda-feira (14) em Florianópolis. O Colégio Antônio Peixoto – no balneário Estreito, “reinicia com a quantidade de alunos que aparecer”.

Manter o direito do governador suspender é uma medida ponderada na medida em que, dependendo da situação, pode determinar o fechamento pontual. É o que o mundo todo tem feito, fecha pontualmente por um período e depois volta. Aqui, até então, a regra foi manter fechado, contrariando a ciência.

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Parecer do Conselho Regional de Medicina aprovado nesta semana defende a volta às aulas e afirma que a criança tem sintomas mais leves, adoece menos de covid-19 e transmite menos do que os adultos.

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Com a lei e a garantia da volta às aulas, Santa Catarina se aproxima das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Unicef, que apontam a necessidade da volta às aulas e que com controles necessários não há agravamento da pandemia.

Em alguns países da África e da América Latina apenas é que não houve o retorno às aulas. É preciso fazer escolhas, dar a opção de quem prefere manter o ensino remoto, preservar os grupos de risco e monitorar. Como disse o doutor em epidemiologia e ex-secretário do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, “a saída da pandemia se dá pela escola”

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