A Copa do Catar está marcada como o ápice da jogatina online. Empresas cujas pessoas jurídicas estão sediadas no exterior e que faturam com o dinheiro dos brasileiros estão recebendo apostas como nunca. Cada um faz o que quer com o próprio dinheiro dentro da legalidade. Os apostadores se divertem, ficam na expectativa e torcida pelos resultados e segue o baile, sem problema algum.

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Trata-se de uma enorme oportunidade perdida no país que discute hoje a PEC da Transição e de quanto que será o estouro do já vilipendiado Teto de Gastos. É uma grande hipocrisia proibir bingos e cassinos no Brasil, que poderiam ser controlados pela Receita Federal de forma on-line e com bilhões de reais carimbados para saúde e educação, por exemplo.

Não é razoável e lógico que continue assim. A resistência, no momento, se dá também na bancada evangélica no Congresso Nacional que vê o jogo como algo errado. Por outro lado, se a crítica ocorre pelo fato de que o jogo cria dependência, e é verdade, por qual motivo o cigarro e a bebida alcoólica seguem permitidos ? É uma grande hipocrisia e com interesses comerciais, corporativos e políticos que estão se sobrepondo ao interesse nacional.

Uma forte regulação onde se tenha definido em regra a quantidade de estabelecimentos, locais, transparência plena e com o dinheiro da arrecadação com destinação determinada, garantiriam recursos bilionários para as políticas públicas que iriam beneficiar os mais pobres.

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Enquanto isso, o monopólio do jogo está nas mãos do Estado com as loterias oficiais. É preciso mudar para garantir mais recursos que o país precisa para saúde, educação e assistência social.

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