Líder mundial em pesquisas, inovação e tecnologia junto com Estados Unidos e Coréia do Sul, Israel tenta, mas não consegue firmar parcerias e intercâmbio de pesquisas com o Brasil. O fato mostra o total desinteresse, falta de seriedade, planejamento estratégico e interesse público, além das motivações ideológicas toscas das nossas autoridades nos últimos anos.

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Beni Lew, engenheiro cientista do Instituto Volcani de Israel, dedicado à pesquisa agropecuária, informou que tentou sem sucesso firmar um intercâmbio de estudos com a Embrapa e não conseguiu.

O diretor de relações públicas para a América Latina da Universidade de Tel Aviv, Herman Richter, disse que esteve visitando a UFSC em busca de uma parceria acadêmica. Aguarda resposta há dois anos.

Hilly Hirt, diretora de mercados emergentes da Autoridade de Inovação de Israel, informou que em 2007 foi firmado um acordo com o governo brasileiro. Nada aconteceu até agora. O governo brasileiro não cumpriu as contrapartidas de investimentos.

– É uma vergonha- diz Daniel Leipnitz, diretor da Acate.

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Esse sentimento de indignação é compartilhado por todos empresários que acompanham a missão da Fiesc para Israel. O setor produtivo catarinense quer estar próximo dos grandes player globais, como Israel- o que faz muito bem. Para isso, os empresários catarinenses querem fortalecer a marca Santa Catarina, descolando-se da imagem Brasil e concentrando-se nas virtudes que o estado possui, como o seu ecossistema eficiente de inovação e a articulação, cada vez mais presente, das entidades e governo do estado em busca de um estado mais competitivo.

Israel tem a sua narrativa uniforme e vitoriosa. Todos falam a mesma língua, tem o mesmo discurso. Academia, setor público e privado estão conectados. Foco na inovação, no lucro, no resultado- com interesse nacional e desenvolvimentos de todos. É o ganha-ganha.

Renato Igor viajou a convite da Fiesc.