No dia em que o programa Conversas Cruzadas da CBN Floripa discutia o decreto de mudança do Marco do Saneamento, que será apresentado nesta quarta-feira (5) no Palácio do Planalto, em Brasília, o que chamou a atenção no debate desta terça-feira (4) foi o fato de que um impasse entre Balneário Camboriú e Camboriú trava o encaminhamento para a solução da falta de balneabilidade na Praia Central, em BC.
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O local passou praticamente toda a temporada de verão com condição imprópria para banho.
Douglas Bebber, presidente da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) de BC, afirma que desde 2018 a prefeitura vem procurando a cidade vizinha em busca de uma parceria — sem sucesso.
— Nosso vizinho não tem um centímetro de rede coletora e nós temos o Rio Camboriú que alimenta as duas cidades. A concessão de água em Camboriú é apenas de abastecimento de água e não de tratamento de esgoto. É preciso assumir um papel maior. Os dois municípios precisam manifestar a intenção de resolver, de construir um consórcio de saneamento, ou que se faça em Camboriú uma mudança no contrato junto à concessionária e inclua a implementação de rede coletora de esgoto — afirmou.
O prefeito de Camboriú, Elcio Rogerio Kuhnen, em conversa com a coluna, disse que o município não tem recursos para fazer a rede coletora e a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Ele estima um custo de R$ 220 milhões. Kuhnen aponta a necessidade de fiscalizar as ligações clandestinas na região e criar um fundo específico para viabilizar a obra. Por fim, disse que , no momento, está se trabalhando junto à Aresc para mudar a concessão municipal e agregar o serviço de coleta e tratamento de esgoto. O impasse seria o valor da tarifa.
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É importante considerar, entretanto, que BC tem muita responsabilidade também. Houve um problema em 2022 na manta de proteção da lagoa de aeração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Nova Esperança, o que prejudicou muito a eficácia do equipamento entre 30% e 50%. O correto é estar em 95%.
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