O Hospital Universitário (HU), em Florianópolis, tem recursos garantidos para funcionar apenas até setembro de 2023. Após esta data, não há verba garantida, o que preocupa a direção da instituição.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

A informação é do médico otorrinolaringologista Spyros Cardoso Dimatos ,Superintendente do HU-UFSC/Ebserh, em conversa com a coluna na manhã desta segunda-feira (10).

Ele disse que o HU está com um déficit mensal de quase R$ 2 milhões e que a unidade está com dois meses de repasses antecipados da Ebserh para conseguir pagar as contas.

Diante destas dificuldades, a UFSC e o Hospital Universitário buscam apoio para reajustar os valores que são cobrados no contrato de prestação de serviço entre o HU e a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Na última semana, houve uma reunião com o presidente da Alesc, Mauro de Nadal.

Continua depois da publicidade

O HU integra a rede referenciada de atendimento à saúde do Estado e o contrato com a SES responde por cerca de 80% das receitas do hospital. O contrato de prestação de serviço está sem reajuste desde 2018 e, neste período, “a inflação dos insumos médicos é maior que os aumentos de preços dos produtos de consumo”, diz o HU. Esse contrato é responsável por 80% das receitas do HU.

São mais de 8 mil consultas com especialistas, 8 mil atendimentos de emergência por mês, além de realizar em torno de 720 internações, 456 cirurgias e 120 partos.

“O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador considerado o termômetro oficial da inflação no Brasil, e desde janeiro/2018 verifica-se um percentual acumulado de 35,57%. Como a maioria dos contratos de prestação de serviços (higienização, vigilância, resíduos, alimentação, engenharia clínica, infraestrutura, etc) são reajustados baseado nesse índice ou nos reajustes dos Acordos e Convenções Coletivas das Categorias – que também balizam-se no IPCA, demostra-se a extrema dificuldade orçamentária para o HU UFSC manter os compromissos assumidos sem prejuízos assistenciais e à população”, diz o ofício encaminhado à secretária da Saúde, Carmen Zanotto no dia 5 de julho.

A SES está analisando o caso. Nesta segunda-feira (10) há uma reunião ordinária entre as partes e o assunto estará, também, em pauta.

Continua depois da publicidade

Esse recurso é do Ministério da Saúde e que é destinado ao Estado, que firma parcerias e contratos com a rede prestadora de serviços. A verba é destinada, no caso específico, à Ebserh, que depois encaminha ao HU.

Leia Mais:

Com emendas bilionárias e cargos, reforma tributária foi exemplo de política real

Com dinheiro e sem projeto, BR-282 aguarda solução para iniciar obras

Entidades já admitem novo atraso no Contorno Viário da Grande Florianópolis