Os representantes de hospitais privados e filantrópicos que atendem pelo SUS em Santa Catarina pedem uma audiência com o secretário da Saúde André Motta Ribeiro e alertam para a “iminente possibilidade de falta de medicamentos”. Um ofício foi encaminhado à secretaria de Saúde (SC) nesta quinta-feira (11) para tratar do assunto. O texto assinado pela Associação de Hospitais de Santa Catarina e Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas aponta que o estoque atual de medicamentos é insuficiente e pede ajuda ao Estado.
Continua depois da publicidade
> Clique aqui e receba as principais notícias de Santa Catarina no WhatsApp

Na segunda-feira (8) as entidades hospitalares informaram que estavam operando “com números acima de sua capacidade instalada, muito além dos limites de internação e de assistência à saúde desejados, sobrecarregando os profissionais envolvidos nos setores administrativas, de urgência e emergência, enfermaria e de UTI’s”. As instituições pediram “que os poderes públicos e a população adotem medidas mais eficazes para frear o avanço da COVID-19”.
A secretaria de Saúde se manifestou em nota:
Devido à pandemia de Covid-19, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) vem desde 2020 monitorando rigorosamente os estoques de medicamentos e materiais utilizados nas unidades hospitalares, com especial atenção aos itens que formam o “Kit Intubação”. Diariamente são acompanhados os quantitativos de consumo, estoques nas unidades hospitalares e Centro de Distribuição, assim como saldos de Atas de Registro de Preço. A SES possui uma estrutura organizada e eficiente de compra e distribuição de medicamentos e materiais hospitalares e conta com o apoio importantíssimo da equipe da Secretaria de Estado da Administração nesse momento. Porém, devido à alta demanda nacional, muitos itens ficam escassos no mercado ou completamente desabastecidos. Consequentemente, fornecedores não conseguem cumprir os prazos de entrega e compras são fracassadas por ausência de cotadores. Atualmente vivenciamos risco de desabastecimento de itens importantes do kit de intubação, como os medicamentos Atracúrio e Propofol. Em termos de comparação, apenas nos primeiros nove dias de março foram consumidos o equivalente a quase duas vezes a média mensal de 2020 de um destes medicamentos – aumento de quase 90%. Neste sentido, houve um pedido da SES ao Ministério da Saúde, reforçado recentemente, com envio de novo Ofício em 10 de março. Alternativas são estudadas e buscadas a fim de atender a necessidade dos pacientes internados nas unidades hospitalares da SES, além de empréstimos aos demais hospitais, sempre que possível. Alem disso a Superintendência de Gestão Administrativa da SES se coloca à disposição dos Hospitais Filantrópicos os contatos de fornecedores para agilizar e facilitar a compra.
Continua depois da publicidade
Leia Mais:
Decisão sobre tarifa de embarque no setor aéreo protege o consumidor
SC confirma 21 casos da variante brasileira do coronavírus
> Variante do coronavírus pode estar atrás de explosão de internações em SC
> O novo momento de Moisés chega ao segundo e terceiro escalões do governo