O grupo que apoia a governadora interina Daniela Reinehr tenta protelar o julgamento do mérito do Tribunal Misto que afastou Carlos Moisés da Silva do cargo. São intensas as movimentações em Brasília, desde a última semana, com a intenção de evitar com que a sessão ocorra na próxima sexta-feira (7), às 9h. A data já está marcada desde o dia 22 de abril.

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Nos bastidores, caciques políticos catarinenses têm feito contatos no Supremo Tribunal Federal (STF) e com presidentes de partidos no Congresso Nacional. A estratégia é dupla: tentar achar algum argumento para impedir a realização do julgamento nesta semana e, também, buscar o sétimo voto necessário para manter a atual governadora no comando do Poder Executivo estadual até o final de 2022.

O pensamento deles é que quanto mais distante estiver o julgamento e, consequentemente, mais tempo Daniela estiver na condição de governadora, seu governo vai ganhando corpo, é mais tempo com a caneta, mais tempo para nomear aliados e exonerar quem está, ainda, associado ao governo Moisés.

Até o Conselho Superior do Ministério Público de Santa Catarina foi procurado para encontrar uma brecha jurídica para suspender o julgamento. É muito difícil que a sessão não ocorra na próxima sexta-feira. O presidente do Tribunal de Justiça e do Tribunal de Julgamento, Desembargador Ricardo Roesler, conduziu todo o processo com muito equilíbrio e respeito ao rito. Esta é a opinião dos juristas ouvidos pela coluna.

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Que Santa Catarina consiga, o quanto antes, ter o mínimo de estabilidade administrativa e vire essa página da história.

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