O governo de Santa Catarina pretende viabilizar recursos via permuta de imóveis para reduzir o rombo da previdência (R$5,9 bilhões/ano) e obter verbas para investimentos. A ferramenta para isso é a criação de um fundo imobiliário.

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A coluna amplia a informação trazida pela colega Dagmara Spautz. O governo de Santa Catarina tem cerca de três mil e quatrocentos imóveis, aproximadamente dois mil e oitocentos deles já foram mapeados e avaliados. O valor estimado apenas destes quase três mil imóveis avaliados é de quase R$ 18 bilhões.

Segundo o secretário da Administração, Moisés Diersmann, os imóveis que foram vendidos nos últimos cinco anos foram comercializados por um valor em média 30% abaixo do mercado.

Entre as estratégias está a de permutar imóveis já obsoletos, não interessantes para o Estado e que não entregam mais o serviço esperado, mas que estão localizados em áreas nobres nos centros urbanos. Exemplos disso são os complexos prisionais e hospitais em Florianópolis. 

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Para exemplificar uma das possibilidades de funcionamento do Fundo Imobiliário proposto seria colocar esses imóveis citados para permuta. O empreendedor fica com a área para construir mas só terá a cessão de terrenos após entregar uma nova penitenciária e um novo hospital, respectivamente.

Já em relação ao Centro Administrativo a estrutura permanece como sede do governo e patrimônio público, mas não tudo. A criação do Fundo Imobiliário permitirá colocar parte do imóvel, ociosa e que fica na parte de trás, para permutar e construir apartamentos e salas comerciais, tendo o Estado como sócio no investimento. 

Nos bastidores, a coluna apurou que o estado já foi procurado pela XP Investimentos,  banco BTG Pactual e gigantes da construção civil, todos interessados no projeto. 

O mesmo modelo poderia ser praticado em todas as regiões de Santa Catarina.

A ideia é interessante, mas precisa ser algo com visão de longo prazo e benefício permanente para os cofres públicos, não apenas para fazer caixa. 

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O secretário Diersmann garante que servirá para conter o rombo da previdência mas, acima de tudo, para investimentos. O projeto será encaminhado à Alesc, fórum adequado para a sociedade entender melhor o modelo, que pode trazer bons frutos à sociedade, se feito com absoluta transparência e de maneira republicana.

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